CURIOSIDADES SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CAMPO VESPASIANO
ESPORTE CLUBE
Entrevista com Sr.José Rocha
Muitas pessoas contribuíram para
construção do Estádio Ilvo Marani,
Campo do Vespasiano Esporte Clube, em especial a família Rocha. Roberto
Rocha (Gatomano), Toninho Rocha (fotografo da turma), Gentil Rocha, Nilton
Rocha, Piedade Rocha e Martha (filha de
Sr.Bodê) tiveram participação ativa na empreitada.
Ilvo Marani e Temístocles de
Souza Lima propuseram a aquisição do terreno, pois o campo antigo estava para ser
vendido. Várias pessoas foram convidadas a se associarem ao Vespasiano Esporte
Clube, pelo sistema de cotas, adquirindo cada sócio uma cota no valor de vinte
mil. Todos os moradores do Córrego Sujo, as famílias Rocha, Xavier e Santos
cooperaram. Assim, foi possível comprar o terreno.
O terreno era um brejo com mais
de um metro de profundidade,
participando os "Rochas" do aterro. Cota e Jacy Fagundes
ajudavam no transporte da terra, que era retirada no terreno dos Fagundes. Com
o caminhão cedido do "Bodê" buscavam cascalho rolado em Ribeirão da
Mata. Roberto Rocha conseguiu dois caminhões grandes, marca FNM, emprestado pela Aeronáutica, sendo ele o
motorista e contava com a ajuda de Guilherme Rocha para fazer o trabalho. José
Rocha usou a sua própria camionete e o
caminhão emprestado por Ilvo Marani para carregar cimento, postes de linha de
trem, concreto e as telas. Assim, foi possível fazer a terraplanagem do
terreno.
José Rocha iniciou o alicerce da
base da arquibancada era 4mx4m e 2 metros de profundidade, quem entrava para
furar, cavar e tira a terra, era o José Rocha. Roberto Rocha (Gatomano) era o
mais trabalhador, Guilherme Rocha, Ursino, Adair e Luis dos Santos. Eles também
participaram na construção do túnel.
Para telar todo o campo, sem
emendas, foi preciso fazer quarenta rolos de tela de arame. José Rocha comprou duas máquinas para fazer
o trabalho de tecelagem. Teciam as telas todas as tardes e domingo o dia todo,
"era um suor enfrentar aqueles arames". Poucas pessoas agüentavam o rodar da manivela que muito era
pesado. Ursino era o mais disposto, Gatomano o mais forte e fazia mais
quantidade de rolo de tela. Os rolos de telas foram transportados no caminhão
de Mauricio e Acácio genro de Ursino. Os Rochas fizeram primeiramente toda a
concretagem da base dos postes para receber as telas. Os trabalhos começavam às
07h00 e terminavam lá pelas 13h00. "Quando uma etapa era completava havia
um foguetório danado acompanhado de muita cerveja e tira gosto."
A Central do Brasil também
colaborou na construção, doando postes de linha de trem para serem usados na
fundação. O mestre de obras, que dava as coordenadas na obra, era Ataíde que
tocava no Conjunto Prata da Casa. Na inauguração do campo foram vendidas
cadeiras cativas para os associados, todos do Córrego Sujo fizerem questão de
comprar. Ilvo Marani, presidente à epoca da inauguração, convidou os Rochas para participarem da
diretoria, sendo Guilherme Rocha o 2º Vice-Presidente e Gentil Rocha, diretor
por pouco tempo.
Na época o Vespasiano Esporte Clube
possuía um salão de festas e os bailes
e carnavais eram animados pelo grupo musical Prata da Casa, formado por José
Rocha, Ursino, Adair, Dê, José Lobo, Ademarzinho e Chocolate.
Em reconhecimento ao trabalho dos
Rochas, foi cedido ao grupo um horário
para jogarem todos os domingos na parte da manhã e aos sábados na parte da
tarde, estando eles dispensados de pagarem o aluguel do campo. A diretoria do
VEC davam muito apoio ao time dos Rochas principalmente o presidente Ilvo
Marani.
O time dos Rochas recebeu o nome
de "Alface", devido ao fato
de ter muitas hortaliças em volta. Eles também compunham o time do Vespasiano
Esporte Clube. Além de jogar pelo " Alface", também jogavam no
"VEC" Pezão, João de Deus, Anízio, Bolão, Nizinho, Alencar, Mirim e Gatomano
era a mola mestra da turma.
Posteriormente, devido a
divergências com a diretoria posterior do VEC, o time do Alface
abandonou os jogos no campo, fazendo seu próprio estádio.
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